O facto de haver menos mulheres do que homens nas atividades científicas e, consequentemente, no campo da Astronomia, deve-se à complexidade das relações de gênero e profissionais que, explicado de forma muito simples e usando um pensamento binário, diz respeito à separação e hierarquização dos trabalhos ditos de homens e de mulheres. Esta separação entende que carreiras relacionadas ao cuidado e ao trabalho doméstico são próprias para “elas”, enquanto que as carreiras relacionadas à racionalidade seriam exclusivamente para “eles”. E como sabido, as carreiras delas são pouco ou não remuneradas, ao passo que as carreiras deles são as mais prestigiosas, e por isso melhor pagas. Nesta lógica, as mulheres são incapazes de desenvolver atividades relacionadas à racionalidade.
Porém, Beatriz Barbuy, Maria de Nazaré Ceita, Maria Paula Meneses, Marta Filipa Simões, Pâmela Borges, Thaisa Storchi-Bergmann, Teresa Lago, estão aí para dizer o contrário. Seja pelas suas fascinantes contribuições à Astronomia ou estudos em outras áreas do conhecimento, estas cientistas são um exemplo de como as mulheres das comunidades de língua portuguesa contribuem para o avanço do conhecimento e bem estar da sociedade. Não as conhece? Pois não perca mais um segundo sem saber quem são…
Para lograrmos um mundo mais equânime e justo, não podemos mais tolerar este tipo de pensamento sobre o papel das mulheres na sociedade, pensamento esse que impede mulheres e meninas de seguirem seus sonhos por preconceitos, por falta de oportunidades ou atravessamentos de outras naturezas. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas é um dos objetivos de desenvolvimento firmado pelas diversas nações que almejam um futuro melhor para a humanidade até o ano de 2030.
A atividade FAZ CIÊNCIA COMO UMA MENINA, a ser realizada durante o período de 11 de fevereiro – Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência – a 08 de março – Dia Internacional da Mulher – e é uma iniciativa do GRUPO LUSÓFONO DE ASTRONOMIA PARA O DESENVOLVIMENTO (PLOAD) em parceria com o MUSEU DE ASTRONOMIA E CIÊNCIAS AFINS (MAST) no Brasil no âmbito do projeto Constelação Lusófona.
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