Origem
O PLOAD foi criado em agosto de 2015 pelo Gabinete de Astronomia para o Desenvolvimento da União Astronómica Internacional (UAI) – em Inglês, “Office of Astronomy for Development – International Astronomical Union“ – com o fito de implementar o Plano Estratégico da UAI.
Este plano evidencia o papel da Astronomia e da exploração do Universo – uma das aventuras mais significativas da nossa civilização – no desenvolvimento e na capacitação científica e tecnológica das nações, mostrando como se tornou uma porta de entrada única para a tecnologia, ciência e cultura, três características fundamentais para o desenvolvimento.
O PLOAD é coordenado pelo NUCLIO em parceria com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Até ao momento foram estabelecidas diversas parcerias em Portugal e nos diferentes países e comunidades de língua portuguesa, nomeadamente no Brasil, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Moçambique (ver lista completa de parceiros aqui)
Missão
O PLOAD tem como missão contribuir para a implementação do Plano Estratégico da UAI (União Astronómica Internacional)nos países e comunidades de língua oficial portuguesa.
Objetivos
Reconhecendo a importância da língua e da cultura portuguesas para a implementação do Plano Estratégico da UAI, o PLOAD propõe-se cumprir os seguintes objetivos, entre outros:
- Assegurar a utilização efetiva do português como uma das línguas presentes nas comunicações da União Astronómica Internacional, através da tradução de documentos oficiais deste organismo (nomeadamente newsletters, informação sobre eventos e terminologia científica neste campo);
- Desenvolver projetos que contribuam para o reforço da presença da língua portuguesa na União Astronómica Internacional;
- Contribuir para que os países de língua oficial portuguesa tenham uma voz ativa e uma participação efetiva no campo da Astronomia e das Ciências do Espaço, tendo acesso a meios científicos e tecnológicos de ponta;
- Apoiar a formação especializada e o intercâmbio de investigadores, professores e estudantes entre os países e as comunidades de língua portuguesa, facilitando protocolos de cooperação entre instituições de ensino e investigação na área da Astrofísica e Ciências do Espaço, tendo em consideração os princípios de igualdade de género e de igualdade de oportunidades;
- Estabelecer pelo menos uma parceria sólida com a comunidade educativa de cada país de língua oficial portuguesa, incentivando o desenvolvimento da especialização em Astronomia e Ciências do Espaço, promovendo oportunidades de emprego, investigação e formação, assim como o desenvolvimento da indústria local;
- Estabelecer um Portal para toda a rede, com informações sobre o currículo e recursos educativos, oportunidades de emprego e formação, eventos de divulgação e sensibilização para toda a comunidade, tendo em consideração a importância da Astronomia como área multidisciplinar com um papel reconhecido na promoção do interesse dos mais novos para áreas científicas, assim como chamando a atenção para a importância cultural da observação do céu na língua e na história dos países de língua oficial portuguesa, nomeadamente com ligações ao passado dos descobrimentos e à navegação marítima;
- Promover a literacia científica através da criação de recursos de acesso livre em estreita colaboração com cada ponto de contacto local, levando em consideração os recursos humanos e materiais disponíveis em cada comunidade;
- Fazer um levantamento das necessidades ao nível do currículo, das infraestruturas e dos recursos humanos e materiais disponíveis para o ensino e a divulgação da astronomia nos países de língua portuguesa;
- Promover os benefícios sociais da Astronomia na lusofonia.
Estes objetivos estão alinhados com a Agenda 2030 das Nações Unidas e com os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, muito particularmente no que se refere a assegurar uma educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos; alcançar a igualdade de género e capacitando todas as mulheres e meninas; reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles; promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável; fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
Organização e gestão
O OAD estabeleceu até à data cerca de nove gabinetes regionais com objetivos semelhantes aos do OAD, mas com foco regional. Estes gabinetes trabalham em estreita colaboração para implementar o Plano Estratégico da UAI. As “regiões” em que se concentram podem ser geográficas (países vizinhos) ou culturais (semelhanças linguísticas ou culturais espalhadas por uma grande região geográfica). O PLOAD é um dos gabinetes regionais do OAD, especializado na língua e na cultura portuguesas.
Organograma
Conselho Diretivo (steering committee)
O conselho diretivo é constituído por membros de todos os países envolvidos, contando que sejam participantes ativos no desenvolvimento e implementação dos objetivos traçados.
De momento fazem parte da direção PLOAD:
- Rosa Doran (PT)
- Joanas Latas (PT)
- José Afonso (PT)
- João Retrê (PT)
- Nuno Gomes (PT)
- Patrícia Figueiró Spinelli (BR)
- Alan Alves-Brito (BR)
- Ivanilda Cabral (CV)
- Valente Caumbe (MZ)
- Manuel Penhor (STP)
- Kevin Govender (OAD)
Atualmente as entidades coordenadoras do PLOAD são o NUCLIO com a colaboração do IA. A coordenação geral do projeto está a cargo de Sara Anjos e Rosa Doran preside ao conselho diretivo.
Coordenação Regional
Cada país envolvido na rede de Astronomia para o Desenvolvimento tem uma ou várias entidades ou pessoas coordenadoras, que estão a cargo da implementação local das ações previstas para o PLOAD.
De momento, os membros do conselho diretivo do PLOAD são também os responsáveis pela coordenação das atividades ao nível local e regional.
Brasil
- Patrícia Figueiró Spinelli (Museu de Astronomia e Ciências Afins – MAST)
- Alan Alves-Brito (Departamento de Astronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS)
Cabo Verde
- Ivanilda Cabral (Universidade de Cabo Verde – UnivCV)
Moçambique
- Valente Cuambe (Universidade Eduardo Mondlane)
Portugal
- Rosa Doran (Núcleo Interactivo de Astronomia – NUCLIO, Universidade de Coimbra)
- Joana Latas (NUCLIO)
- Nuno Gomes (NUCLIO)
- João Retrê (Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço – IA, Universidade de Lisboa)
- José Afonso (IA, Universidade de Lisboa)
S. Tomé e Principe
- Manuel Penhor (Universidade de S. Tomé e Príncipe)
- Joyn Tioló (Escola Secundária do Príncipe)
Timor-Leste
- Gabriela Castro (Escola CAFE de Aileu – Timor-Leste)